Entre os dias 07 e 08 de outubro, os trabalhos produzidos, ao longo de todo o ano letivo, pelos estudantes de todos os segmentos de ensino oferecidos pelo Colégio Notre Dame Recreio foram expostos para apreciação pública, durante a realização da 14ª Feira Cultural da instituição de ensino.
No primeiro dia do evento – um dos mais aguardados do calendário escolar, tanto por estudantes quanto pelos seus familiares -, as produções das crianças matriculadas na Educação Infantil e no Ensino Fundamental I foram expostas, em salas de aula.
Antes de percorrer os espaços onde prestigiariam os trabalhos, confeccionados a partir do tema “Casa Comum: Nossa Responsabilidade” – em referência ao da Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2016 -, contudo, os vistantes reuniram-se no Teatro Thiago de Mello.
Ali, assistiram à apresentação de dança sobre uma das possíveis abordagens da temática: o destino dos resíduos e a importância de separar o lixo. Em seguida, foram convidados, pelos educandos do Infantil III, a “despoluir” sua mente, ouvindo a uma composição de Mozart, conforme explicou a coordenadora Pedagógica da Educação Infantil, Alessandra Marassi.
Já nas salas de aula, o público analisou as produções que, na avaliação de Alessandra, foram confeccionadas em grande sintonia com o tema. “Cerca de 80% do material usado foi reciclado ou reaproveitado”, comentou, salientando que a temática propõe uma mudança de atitude. “As crianças começam a ter um olhar mais consciente, a partir de projetos pedagógicos como esse”, destaca.
Foi o que os visitantes puderam comprovar, nos ambientes decorados com as produções de estudantes do Ensino Fundamental I. De acordo com a coordenadora Educacional desse nível de ensino, Andreia Cardoso, os trabalhos evidenciaram como as crianças têm consciência sobre o cuidado com a Casa Comum: a Terra.
O educandos matriculados no 1º Ano, por exemplo, abordaram o desperdício de alimentos. Já, os do 2º Ano evidenciaram o cuidado com os animais e as plantas, motivados pelo estudo da obra e da biografia da artista plástica Margareth Mee – que lutava pela preservação da Amazônia. Os do 3º Ano, por sua vez, retrataram a poluição do ar e das águas, o desmatamento e a extinção da fauna, com o intuito de salientar a importância do desenvolvimento sustentável. Os estudantes matriculados no 4º Ano representaram, em uma linha do tempo, a evolução da degradação da Baía de Guanabara e do Canal das Taxas. Por fim, os do 5º Ano trataram da preservação do solo e da vegetação, inspirados pelo livro paradidático “Plantando as Árvores do Quênia”, escrito por Claire A. Nivola, e por pesquisas sobre Chico Mendes e sobre a Organização Não-governamental SOS Mata Atlântica, que atua na conservação dos patrimônios naturais e históricos.
No sábado (08), foram os educandos matriculados no Ensino Fundamental II e no Ensino Médio que apresentaram seus trabalhos à comunidade educativa, após cerimônia de abertura do segundo dia da mostra cultural. Por meio de uma representação teatral, protagonizada pelos adolescentes do 7º Ano, sobre como seria o mundo ideal, os espectadores foram sensibilizados acerca do tema da 14ª Feira, o que os preparou para absorver as informações que receberiam a seguir, afirmou a coordenadora Pedagógica do Ensino Fundamental II, Márcia Mattos.
Nos locais preparados para a exposição, o público observou exemplos de atitudes sustentáveis que podem ser tomadas no cotidiano, apresentadas pelos educandos do 6º Ano. Além disso, viajou por números e estatísticas sobre o consumo de energia e de água, levantados pelos estudantes do 8º Ano. Já, a partir de um tanque de filtragem experimental, confeccionado pelos do 9º Ano, compreendeu como a água pode ser despoluída. Desse modo, considera Márcia, a Feira Cultural ajuda a suscitar o reposicionamento das famílias, com relação ao cuidado com o meio ambiente.
Pela primeira vez na história da Feira, os jovens matriculados no Ensino Médio produziram trabalhos divididos por Áreas do Conhecimento. Para isso, eles avaliaram a proposta de cada uma delas, antes de efetuar sua inscrição naquela pela qual tinham mais interesse. Para o coordenador Pedagógico, Marcelo Menezes, tal mudança possibilitou o aproveitamento pleno das habilidades dos educadores orientadores.
Em Matemática e suas Tecnologias, por exemplo, os estudantes produziram objetos reciclados, a partir do estudo dos Poliedros e da Geometria Espacial. Em Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, organizaram um trilha sensorial, na qual os visitantes testavam seus sentidos. Já, em Ciências Humanas, pesquisaram ícones da luta contra a poluição e o desmatamento, além de ter feito uma busca histórica sobre os acordos políticos, em prol do desenvolvimento sustentável. Em Ciências da Natureza, por sua vez, planejaram uma escola sustentável, a partir de maquete do próprio Colégio Notre Dame.
Todos os assuntos abordados, segundo Marcelo, aprofundaram temas discutidos em sala de aula e nos aulões assistidos pelos educandos do Ensino Médio.